Uma nova pesquisa do Instituto Real Time Big Data, divulgada mesta terça-feira (25), revela o cenário eleitoral para o governo do Rio Grande do Sul e aponta movimentações importantes entre os principais concorrentes. O levantamento ouviu 1.200 eleitores entre os dias 21 e 24 de novembro, com margem de erro de ± 3 pontos percentuais. Luciano Zucco (PL) aparece na frente com 27%, seguido por Juliana Brizola (PDT) e Edegar Pretto (PT) com 21%. O vice-governador Gabriel Souza (MDB) aparece longe na disputa, com apenas 13%.
O levantamento avaliou cinco cenários estimulados de disputa para o governo do RS.
Luciano Zucco (PL): 27%
Juliana Brizola (PDT): 21%
Edegar Pretto (PT): 21%
Gabriel Souza (MDB): 13%
Covatti Filho (PP): 3%
Paula Mascarenhas (PSDB): 2%
Nulos/brancos: 6%
Não souberam/responderam: 7%
Zucco: 27%
Pretto: 22%
Brizola: 21%
Souza: 14%
Nulos/brancos: 7% –
Não souberam/responderam: 9%
Zucco: 24%
Sebastião Melo (MDB): 23%
Brizola: 21%
Pretto: 20%
Nulos/brancos: 6%
Não souberam/responderam: 6%
Juliana Brizola: 31%
Zucco: 29%
Souza: 16%
Nulos/brancos: 11% –
Não souberam/responderam: 13%
Este cenário destaca-se porque Brizola assume a liderança numérica, ainda que a margem de erro de 3 pontos possa tornar o empate técnico.
Edegar Pretto: 29%
Luciano Zucco: 29%
Gabriel Souza: 17%
Nulos/brancos: 11%
Não souberam/responderam: 14%
No geral, Zucco lidera numericamente em três dos cinco cenários, segundo o levantamento.
O Cenário 4 é relevante porque mostra Juliana Brizola na frente, com 31%, ainda que muito próxima de Zucco (29%). Isso sugere que a ausência ou inclusão de determinados candidatos altera substancialmente o quadro.
A presença de múltiplos cenários reforça a ideia de volatilidade: pequenas mudanças (quem entra ou sai da disputa) podem modificar lideranças ou ampliar o empate técnico.
A taxa de rejeição também merece atenção: Brizola registra a maior rejeição entre os mencionados (37%).
Mesmo na liderança numérica, uma taxa alta de rejeição pode dificultar a mobilização ou uma eventual vitória no segundo turno.
Os percentuais de nulos/brancos e indecisos variam entre cerca de 6% a 14% nos cenários — é uma fatia relevante que pode decidir a disputa.
O fato de em alguns cenários outro candidato (Pretto) encostar ou liderar (Cenário 5) mostra que o eleitorado de esquerda/centro-esquerda ainda está “espalhado” entre mais de um nome, o que pode beneficiar candidatos de centro ou de direita.
A disputa para o governo do Rio Grande do Sul caminha para um quadro de incerteza, com vantagem numérica inicial para Luciano Zucco, mas com cenários alternativos nos quais Juliana Brizola assume a ponta. A presença de vários candidatos, a variabilidade entre cenários e as taxas de rejeição elevadas indicam que a eleição ainda está muito aberta — o resultado dependerá não só de intenções mas da dinâmica de campanha, alianças, mobilização e da conversão do “indeciso” em voto.