Após mais de dois anos de espera e transtornos diários para moradores e motoristas, os primeiros pilares da nova ponte de Santa Bárbara, na ERS-431, começaram a aparecer. A estrutura anterior, que conectava Santa Tereza e São Valentim do Sul, foi completamente destruída pela enchente histórica do Rio Taquari, em setembro de 2023. Desde então, o deslocamento entre os municípios só é possível por meio de balsa, aumentando o tempo de viagem e afetando o transporte de moradores, trabalhadores e produtores rurais.
Agora, as imagens que começam a surgir no canteiro de obras representam algo muito maior do que concreto: significam esperança, reconexão e um passo firme rumo ao restabelecimento definitivo da mobilidade na região.
Segundo a Secretaria de Logística e Transportes (Selt) e o Departamento Autônomo de Estradas de Rodagem (Daer), a etapa inicial da obra — construção de blocos, estacas e concretagem dos pilares — está praticamente finalizada. Isso marca o início da fase visível da ponte, o que renova a expectativa da população.
A nova estrutura será mais alta, mais extensa e mais larga do que a anterior:
1 metro mais alta, para resistir a cheias
25 metros mais longa
2,60 metros mais larga, permitindo mais segurança
Acostamentos nos dois lados
Com investimento de R$ 31,3 milhões, a ponte está sendo construída dentro do conceito de resiliência climática, projetada para suportar eventos extremos como os registrados nos últimos anos.
Com os pilares tomando forma, começará agora a construção das travessas, que farão a ligação entre os pilares e posteriormente receberão as vigas que sustentarão a pista.
O diretor-geral do Daer, Luciano Faustino, reforça que o avanço é consistente:
“O trabalho está seguindo um bom ritmo, com a estrutura tomando forma e dando mais um passo para a retomada desta importante ligação entre os municípios.”
O secretário estadual de Logística e Transportes, Juvir Costella, vistoriou as obras nos últimos dias e destacou que o cronograma está sendo cumprido. A expectativa é de que a nova ponte seja entregue ainda em 2026.
“A ponte será maior, mais resistente e atenderá ao conceito de resiliência climática. Isso trará mais segurança, qualidade na trafegabilidade e melhores condições para o escoamento da produção”, afirmou o secretário.
Enquanto a ponte não fica pronta, moradores seguem enfrentando longas filas e restrições de horário no transporte por balsa — a única ligação viável entre Santa Tereza e São Valentim do Sul. Para muitos trabalhadores, estudantes e produtores rurais, a rotina envolve atrasos, adaptações e custos extras.
Por isso, cada avanço na obra é acompanhado de perto pela comunidade, que vê nos pilares recém-executados um símbolo de retomada.
A reconstrução da ponte Santa Bárbara é uma das obras mais aguardadas da região, e seu avanço representa a reconstrução não apenas de uma ligação física, mas também de um eixo econômico e social vital para o Vale do Taquari e a Serra Gaúcha.