Economia Negócios
Avanços técnicos ajudam a reduzir cicatrizes cirúrgicas
Brasil lidera ranking global de cirurgias plásticas. Médica especialista explica como a evolução da cirurgia plástica tem priorizado resultados nat...
17/11/2025 15h43
Por: Redação Fonte: Agência Dino

A busca por resultados cada vez mais naturais e discretos tem impulsionado mudanças significativas na cirurgia plástica corporal. Técnicas modernas, aliadas ao domínio anatômico e ao uso de tecnologias avançadas, têm permitido que procedimentos como prótese mamária, lipoaspiração e mastopexia sejam realizados de forma menos invasiva, resultando em cicatrizes mais discretas e alinhadas às expectativas estéticas dos pacientes.

De acordo com um levantamento da International Society of Aesthetic Plastic Surgery (ISAPS), o Brasil liderou o ranking mundial de cirurgias plásticas em 2024, com cerca de 2,35 milhões de procedimentos realizados. Entre os mais comuns estão a lipoaspiração (289.766), o aumento de mamas (232.593), a cirurgia de pálpebras (231.293) e a abdominoplastia (192.961). O estudo também aponta que mais de 74 mil cirurgias de correção de cicatrizes foram realizadas no país, evidenciando o crescente interesse por resultados com menor impacto visual.

A médica e cirurgiã plástica Dra. Denise Torejane, especialista em contorno corporal e técnicas de cicatrizes reduzidas, explica que a anatomia individual do paciente e o método cirúrgico utilizado podem ser determinantes para o posicionamento e o tamanho das marcas.

“Fatores como tensão da pele, elasticidade dos tecidos, espessura dérmica e as linhas de força cutâneas definem onde a incisão deve ser feita”, afirma.

Continua após a publicidade

Ela destaca ainda que planejar as cicatrizes para que fiquem em áreas de dobras naturais ou zonas de sombra anatômica contribui para resultados mais discretos. Segundo a médica, a escolha da técnica também influencia diretamente na qualidade da cicatriz. “Em procedimentos de mama e abdômen, por exemplo, incisões são posicionadas em locais estratégicos, como a linha inframamária ou o contorno do biquíni”.

“Além disso, o uso de fios tecnológicos, fechamento sem tensão e colas cirúrgicas contribuem para uma cicatriz mais fina e previsível”, complementa. Dra. Denise Torejane ressalta ainda que técnicas como a mastopexia em L e a abdominoplastia HD RAFT são exemplos de abordagens que respeitam o contorno corporal e reduzem a extensão das marcas.

Menos cortes, mais resultados

Nos últimos anos, o avanço das tecnologias auxiliares tem sido decisivo para tornar os procedimentos estéticos mais conservadores. A cirurgiã especialista avalia que equipamentos como o Vaser, que utiliza ultrassom para facilitar a remoção de gordura, e o Renuvion, que promove retração da pele e estímulo de colágeno, têm permitido incisões menores e maior preservação dos tecidos.

Continua após a publicidade

“Aliar técnica, tecnologia e conhecimento anatômico é o que permite alcançar resultados seguros, precisos e com o mínimo de incisão possível”, pontua.

Dra. Denise Torejane afirma ainda que a preocupação com as cicatrizes tem se tornado um fator central na escolha dos procedimentos. “Pacientes estão mais informados e exigem resultados que não revelem a intervenção. Hoje, o foco não é apenas "remover" ou "levantar", mas como fazer isso com o menor impacto possível. Por isso, o planejamento precisa ser individualizado”, observa.

A cirurgiã reforça que os cuidados no pré e pós-operatório também são fundamentais para garantir uma boa evolução cicatricial. Segundo ela, a preparação inclui avaliação nutricional, controle de parâmetros inflamatórios e orientação sobre hábitos que podem interferir na cicatrização, como tabagismo e exposição solar.

Após a cirurgia, protocolos multidisciplinares são adotados, com fisioterapia avançada, uso de cosméticos específicos, fotoproteção rigorosa e compressão adequada. “A cicatriz passa por fases de maturação que podem levar de 12 a 24 meses, e o cuidado contínuo é determinante para o resultado final”, ressalta.

Para a médica, a tendência por resultados naturais e cicatrizes reduzidas tem influenciado diretamente a evolução da cirurgia plástica no Brasil. “Vivemos um novo momento. Hoje, o foco está em refinar, não transformar”, afirma. “Essa mudança de paradigma tem impulsionado o desenvolvimento de técnicas mais precisas, que preservam a identidade corporal e valorizam a harmonia estética”, completa.

Na visão da Dra. Denise Torejane, a cicatriz representa mais do que uma marca física. “Ela revela o cuidado, o respeito à anatomia e a sensibilidade artística por trás de cada resultado. A verdadeira excelência cirúrgica está em fazer com que o trabalho seja invisível aos olhos, mas sentido na autoestima”, finaliza.

Para saber mais, basta acessar: https://dradenisetorejane.com