Um caso de feminicídio chocou os moradores de Xangri-Lá, no Litoral Norte gaúcho, na manhã deste domingo (26). A vítima, Débora Corrêa Ramos, de 32 anos, foi assassinada dentro de casa pelo companheiro, de 33 anos, no bairro Noiva do Mar, na frente do filho do casal, de 11 anos.
De acordo com a Brigada Militar, os policiais foram acionados por volta das 5h da manhã. Ao chegarem ao local, encontraram Débora já sem vida e o agressor trancado dentro da residência, armado com uma faca. Após cerca de 40 minutos de negociação, os agentes conseguiram fazer com que o homem saísse do imóvel. Ele estava bastante alterado, sendo necessário o uso de Taser para contê-lo.
O menino de 11 anos, que presenciou o assassinato da mãe, foi acolhido por familiares e recebe acompanhamento psicológico. O crime ocorreu na Rua dos Lírios, em uma manhã marcada por grande mobilização das forças de segurança na região.
“A cena encontrada foi extremamente chocante. O menino estava em estado de choque. Infelizmente, mais um caso que reforça a necessidade de proteção efetiva às mulheres”, relatou um policial que participou da ocorrência.
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Após ser imobilizado, o homem foi preso em flagrante e encaminhado para a Delegacia de Polícia de Pronto Atendimento (DPPA) de Capão da Canoa, onde permanece à disposição da Justiça. A Polícia Civil investiga o caso e apura as circunstâncias do crime, inclusive se Débora já havia sofrido agressões anteriores ou feito denúncias de violência doméstica.
A perícia técnica foi acionada para examinar a residência e recolher provas.
O crime de feminicídio, definido pela lei como o assassinato de uma mulher em razão de sua condição de gênero, segue em alta no Rio Grande do Sul. Segundo dados da Secretaria de Segurança Pública (SSP-RS), o estado registrou aumento de casos em 2025, reforçando a urgência de políticas públicas de prevenção, acolhimento e proteção às vítimas.
Débora Ramos é mais um nome em uma estatística trágica que revela o quanto a violência doméstica e de gênero ainda ameaça a vida de mulheres em todo o país.
Casos de violência contra a mulher podem ser denunciados de forma anônima pelos seguintes canais:
Disque 180 — Central de Atendimento à Mulher
190 — Polícia Militar (em caso de emergência)
Disque 100 — Violação de direitos humanos