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Semana Fazendária RS 2025 encerra com celebração à educação fiscal e à cidadania
A Semana Fazendária RS 2025 chegou ao fim nesta sexta-feira (10), após dez dias de intensos debates, encontros e celebrações que abordaram temas ce...
11/10/2025 08h41
Por: Redação Fonte: Secom RS

A Semana Fazendária RS 2025 chegou ao fim nesta sexta-feira (10), após dez dias de intensos debates, encontros e celebrações que abordaram temas centrais para o futuro da gestão pública, como a Reforma Tributária, a integração entre os estados via Confaz e Comsefaz, inovação fiscal e políticas de justiça social.

O encerramento foi marcado por uma programação especial dedicada à educação fiscal, uma das grandes ferramentas de transformação cidadã, que reuniu representantes de todo o país para compartilhar experiências e renovar compromissos com a construção de uma sociedade mais consciente e participativa.

O encerramento foi marcado pela 24ª Reunião do GT66 – Grupo de Trabalho de Educação Fiscal, coordenado por Cícero Roberto de Melo, e pela 93ª Reunião do Grupo Nacional de Educação Fiscal (GEF), realizadas no Farol Santander. O GT66 consolidou o referencial metodológico nacional, que será entregue oficialmente, e promoveu debates sobre o fortalecimento da educação fiscal no contexto da Reforma Tributária.

“Concluímos nossas atividades com o coração cheio. Agradecemos à Secretaria da Fazenda do Rio Grande do Sul por essa acolhida maravilhosa. O que vimos aqui foi inspiração e compromisso com o futuro da cidadania tributária”, destacou Cícero.

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A paixão que move a educação fiscal

Durante sua fala, o subsecretário-adjunto da Receita Estadual, Luis Fernando Flores Crivelaro, emocionou o público ao compartilhar sua visão apaixonada sobre o tema. “Enxergo no tributo uma paixão. Trabalhar com educação fiscal é nadar contra a correnteza, mas é uma missão que vale a pena. A educação fiscal é o que nos conecta ao cidadão, é o caminho para mostrar o que pode melhorar com a sua participação. Sou apaixonado por isso. No RS, batalhamos em todas as pontas: cursos, seminários regionais, cadernos pedagógicos e com Programa de Integração Tributária (PIT), que visa incentivar ações de interesse mútuo entre Estado e municípios no crescimento da arrecadação do ICMS, repercutindo nos repasses dos recursos às Prefeituras. Fiscal do bem existe, e está aqui”, disse Crivelaro.

Cícero Roberto de Melo e Luis Fernando Flores Crivelaro destacaram o trabalho referencial realizado no Estado -Foto: Divulgação

Entre os destaques da programação, dois projetos gaúchos emocionaram os participantes:

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Sapiência e Enrolado: arte e cidadania

O projeto Sapiência e Enrolado, idealizado pelo músico e escritor Rodrigo Munari, percorreu 70 municípios, impactando cerca de 100 mil jovens com palestras musicadas e distribuição de livros. A obra, que narra a história de dois fictícios povos às margens do Rio Precioso, ensina sobre empatia, cidadania e o papel dos tributos na construção de uma sociedade justa.

“A cultura da educação fiscal é essencial para a sociedade. É por meio dela que os municípios e os cidadãos recebem seus serviços essenciais. Escrevi esse livro antes das catástrofes, mas ele fala de gente, de empatia, de como se relacionar em sociedade”, afirmou Munari.

Sementes da Reconstrução: Roca Sales e a força da educação

O projeto Sementes da Reconstrução, desenvolvido por Camila Stieven Hünning, fiscal da Secretaria da Fazenda de Roca Salles, e Lucilene Konrad Pedroso, coordenadora pedagógica da Secretaria de Educação de Roca Sales, emocionou ao mostrar como a educação fiscal pode ser ferramenta de reconstrução e valorização da vida. A cidade, duramente atingida por enchentes em 2023 e 2024, encontrou na cidadania tributária um caminho para a esperança.

“Levamos os alunos para ver de perto como o tributo retorna ao município. Fizemos palestras com psicólogos, passeios de ônibus escolar e inauguramos um memorial às vítimas. A educação fiscal nos ajudou a reconstruir não só a cidade, mas também os vínculos com a comunidade”, contou Camila.

BID e Receita Federal reforçam o papel da educação fiscal

O GT66 de Educação Fiscal contou com a presença do Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID) e da Receita Federal, que trouxeram reflexões sobre o papel da educação fiscal na construção de uma sociedade mais consciente.

Representando o BID, Maria Cristina MacDowell destacou que é essencial ampliar as ações de conscientização sobre o financiamento público por meio dos tributos. “Isso fortalece a cidadania e o desenvolvimento”, ressaltou.

Já Ana Paula Sacchi Kuhar, analista-tributária da Receita Federal, apresentou os avanços recentes do órgão, que desde 2020 vem retomando iniciativas de educação fiscal.

Educação fiscal em números

A apresentação da Receita Estadual mostrou os avanços do RS na área:

Articulação nacional: Confaz e Comsefaz como pilares da transformação tributária

A Semana Fazendária RS 2025 também foi espaço para encontros estratégicos que reforçam a união entre os estados brasileiros. As reuniões do Conselho Nacional de Política Fazendária (Confaz) e do Comitê dos Secretários de Fazenda dos Estados e do Distrito Federal (Comsefaz) trouxeram à tona os desafios e oportunidades da Reforma Tributária, com foco na implementação do Imposto sobre Bens e Serviços (IBS) e na construção de um modelo mais justo, transparente e eficiente.

“A Reforma Tributária exige diálogo, cooperação e coragem. E é isso que vimos aqui: estados unidos por um propósito comum, construindo juntos o futuro da tributação no Brasil. Vivemos dias intensos, de trocas ricas e emocionantes. Recebemos autoridades, especialistas e cidadãos que acreditam na transformação pela educação fiscal. Discutimos a Reforma Tributária e vimos projetos que unem empatia, cidadania e reconstrução. Saímos daqui mais fortes, mais conectados e com a certeza de que o tributo é, sim, uma ferramenta de justiça social”, celebrou a secretária da Fazenda do RS, Pricilla Santana.

A Semana Fazendária RS 2025 foi promovida pela Secretaria da Fazenda do RS e pelo Comsefaz, com apoio do Governo do Estado, Banrisul, Itaú, Serpro, Vero, Procergs, BID e demais parceiros.

Juliane Kerschner/Ascom Sefaz
Edição: Secom