A Secretaria Municipal de Saúde (SMS) de Bento Gonçalves notificou, nesta quinta-feira (9), ao Governo do Estado do Rio Grande do Sul, um caso suspeito de intoxicação por metanol. O paciente, um homem de 26 anos, deu entrada na UPA 24h na noite de quarta-feira (8), apresentando sintomas de náuseas e vertigem após ingerir uísque.
De acordo com a pasta, devido ao quadro clínico sugestivo de intoxicação, foram coletadas amostras e encaminhadas para análise laboratorial. O jovem apresentou melhora nas últimas horas e já recebeu alta médica.
Com a notificação de Bento Gonçalves, o número de casos suspeitos de intoxicação por metanol no Rio Grande do Sul subiu para seis. Além da Capital do Vinho, há investigações em Torres, Porto Alegre, Viamão, Passo Fundo e Novo Hamburgo. Os pacientes têm idades entre 20 e 64 anos.
Até o momento, apenas um caso foi confirmado no Estado. Trata-se de um homem de 42 anos, morador de Porto Alegre, que teria consumido caipirinhas de vodca adulterada em São Paulo, no dia 26 de setembro. Conforme a Secretaria Estadual da Saúde (SES), os primeiros sintomas surgiram entre 12 e 24 horas após a ingestão, incluindo dor abdominal, cefaleia, febre e visão turva. O paciente foi atendido no Hospital São Lucas da PUCRS no dia 30 de setembro.
O metanol é uma substância altamente tóxica utilizada em solventes, combustíveis e produtos industriais, mas proibida em bebidas alcoólicas. A ingestão, mesmo em pequenas quantidades, pode causar cegueira, falência de órgãos e morte.
Segundo o Instituto-Geral de Perícias (IGP), o consumo de bebidas falsificadas ou adulteradas é a principal causa de intoxicação por metanol. O órgão recomenda atenção à procedência dos produtos, verificação do lacre e do rótulo, além de desconfiar de preços muito abaixo do mercado.
A Secretaria Estadual da Saúde (SES-RS) reforçou que está monitorando os casos suspeitos e trabalhando em conjunto com o IGP e a Polícia Civil para rastrear a origem das bebidas adulteradas.
A Prefeitura de Bento Gonçalves também emitiu alerta à população, pedindo que os consumidores evitem bebidas de origem duvidosa e denunciem suspeitas de falsificação aos órgãos competentes.