Começa na segunda-feira (6/10) a Campanha Nacional de Multivacinação voltada para crianças e adolescentes com menos de 15 anos. A ação tem como foco o resgate vacinal desse público, garantindo que todas as doses do calendário básico estejam em dia. Aproximadamente 1,8 milhão de pessoas estão incluídas nesse perfil no Rio Grande do Sul.
A campanha se estende até 31 de outubro. O Dia D da Multivacinação, marcado para sábado (18/10), contará com uma mobilização especial, com unidades abertas e equipes de saúde atuando para ampliar o acesso à imunização. A Secretaria da Saúde (SES) reforça que, mesmo após o encerramento da estratégia, as vacinas do calendário básico seguem disponíveis de forma contínua nas unidades básicas de saúde (UBS), permitindo que pais e responsáveis atualizem a caderneta vacinal das crianças e dos adolescentes ao longo de todo o ano.
A orientação do Centro Estadual de Vigilância em Saúde (Cevs) é que os pais ou responsáveis levem a caderneta de vacinação da criança ou do adolescente. Com isso, os profissionais das UBSs poderão avaliar quais imunizantes precisam ser aplicados, conforme a idade e o histórico vacinal.
Ao todo, o Programa Nacional de Imunizações (PNI) oferece 19 vacinas para o público da campanha. Crianças menores de sete anos têm acesso a 16 tipos de imunizantes, enquanto os maiores de sete contam com oito vacinas, algumas já previstas em idades anteriores. A vacinação é seletiva, ou seja, será feita apenas quando houver necessidade de se completar o esquema vacinal ou se aplicar doses em atraso.
A campanha reforça que a proteção completa contra doenças imunopreveníveis só é garantida caso todas as doses recomendadas tenham sido aplicadas. Além disso, a estratégia contribui para melhorar as coberturas vacinais e manter sob controle doenças que podem ser evitadas por meio da vacinação.
Avanços no RS
Nos últimos anos, o Rio Grande do Sul tem registrado avanços importantes nas coberturas vacinais, especialmente entre crianças menores de dois anos. Entre os destaques estão imunizantes como pentavalente (difteria, tétano, coqueluche, hepatite B e meningite porHaemophilus influenzaetipo B), pólio, pneumocócica e tríplice viral (sarampo, caxumba e rubéola). Também houve crescimento na adesão à vacina contra o HPV, destinada a meninas e meninos de 9 anos a 14 anos.
Esses resultados são fruto de iniciativas como o selo Município Amigo da Vacina e o Programa Imuniza Escola RS , que fortalecem a cultura da vacinação e ampliam o acesso à imunização em todo o Estado.
Pentavalente
Pólio
Pneumocócica
Tríplice viral
HPV
Sarampo
Uma das vacinas que estará disponível na campanha é contra o sarampo. A prevenção à doença se dá por meio da tríplice viral e da tetra viral, com doses previstas aos 12 e aos 15 meses de idade.
Apesar de o Brasil ter reconquistado, em 2024, a certificação de eliminação do sarampo, o risco de reintrodução da doença permanece elevado. Isso se deve à circulação do vírus em países das Américas, da Europa e de outras regiões. Em abril deste ano, Porto Alegre registrou um caso importado da doença em uma mulher adulta não vacinada, que havia retornado de viagem aos Estados Unidos.
Diante desse cenário, a SES e o Ministério da Saúde orientam os municípios a aproveitarem a oportunidade para atualizarem a situação vacinal contra o sarampo na população até 59 anos.
HPV: faixa etária ampliada até 19 anos
Outra vacina que ganha destaque na campanha é a que combate o papilomavírus humano (HPV). Embora a multivacinação seja voltada para o público menor de 15 anos, a SES reforça que, até o final do ano, a vacina está ampliada para adolescentes de 15 anos a 19 anos que ainda não tenham sido imunizados.
No calendário nacional, o imunizante é ofertado em dose única para meninas e meninos de 9 anos a 14 anos. A ampliação iniciada em março de 2025 busca resgatar adolescentes que perderam a oportunidade de se vacinarem, oferecendo uma nova chance de proteção.
A vacina contra o HPV é a principal forma de prevenção contra o câncer de colo do útero, além de outros tipos como os cânceres de ânus, pênis, boca e orofaringe. A ampliação da faixa etária é uma medida estratégica para reduzir a incidência desses cânceres no futuro e garantir maior cobertura vacinal entre os jovens.
Vacinas do calendário da criança para menores de 7 anos de idade
Vacinas do calendário da criança a partir de 7 anos de idade e do calendário do adolescente
Texto: Ascom SES
Edição: Secom