Geral Deu ruim
GAECO faz nova operação em Bento Gonçalves contra a facção Os Aberto
Foram cumpridos 22 mandados de busca e apreensão na Capital do Vinho e no município de Paim Filho, no Norte do Estado.
24/09/2025 08h10 Atualizada há 1 mês
Por: Marcelo Dargelio

O Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (GAECO/MPRS) deflagrou nesta quarta-feira, 24 de setembro, a segunda fase da Operação Contas Abertas, voltada ao combate à lavagem de dinheiro praticada pela facção Os Aberto, uma organização criminosa envolvida com o tráfico de drogas e armas. A ação teve como foco principal a cidade de Bento Gonçalves, na Serra Gaúcha, e contou com apoio da Brigada Militar (BM) e da Polícia Penal.

Mandados e prisões

Foram cumpridos 22 mandados de busca e apreensão em Bento Gonçalves e no município de Paim Filho, no Norte do Estado. Durante a ação, um suspeito foi preso em flagrante por porte ilegal de arma. Ao todo, 16 pessoas seguem sendo investigadas.

O balanço aponta ainda a apreensão judicial de 12 imóveis e dois veículos, além da execução de buscas em duas empreiteiras e uma revenda de automóveis da Serra, suspeitas de envolvimento na lavagem de capitais. A Justiça também determinou o bloqueio de 224 contas bancárias.

Promotor Manoel Antunes liderou a segunda fase da operação

 

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Segundo o promotor de Justiça Manoel Figueiredo Antunes, responsável pelo 5º Núcleo do GAECO – Serra, a estimativa é que a movimentação ilícita supere R$ 2,2 milhões. “O objetivo agora foi aprofundar a coleta de provas, localizar mais laranjas e verificar o real montante da lavagem de dinheiro, desarticulando os mecanismos financeiros da organização criminosa que atua há mais de 10 anos na Serra”, destacou.

Operação Contas Abertas

A primeira fase da Operação Contas Abertas ocorreu em junho de 2024, com ações simultâneas no Rio Grande do Sul, Santa Catarina, Paraná e Mato Grosso do Sul. Na ocasião, 32 pessoas foram presas, além do bloqueio de 274 contas bancárias e da apreensão judicial de 25 veículos e cinco imóveis.

Parte das denúncias já foi apresentada em junho de 2024, contra 20 integrantes da facção criminosa, incluindo líderes e gerentes de pontos de venda de drogas. Eles respondem por organização criminosa, tráfico de entorpecentes, financiamento ao tráfico e lavagem de dinheiro.

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Participação

Além do promotor Manoel Antunes, também participaram da operação os promotores André Dal Molin (coordenador do GAECO no Estado), Rogério Meirelles Caldas, Raynner Sales, Diego Pessi, Gabriel Capellani e João Fábio Munhoz Manzano.

A segunda fase reforça o esforço conjunto do Ministério Público e forças de segurança em desmontar estruturas financeiras utilizadas por facções, atingindo o coração econômico das organizações criminosas.