Região Inacreditável
Homem engana órgãos de segurança por quase 40 anos com identidade falsa
Homem de 66 anos foi preso em Farroupilha, na manhã desta terça-feira (16), após ser flagrado pela Brigada Militar fracionando tijolos de maconha.
17/09/2025 14h42 Atualizada há 3 meses
Por: Marcelo Dargelio

Um homem de 66 anos foi preso em Farroupilha, na manhã de terça-feira (16), após ser flagrado pela Brigada Militar fracionando tijolos de maconha em seu estabelecimento comercial no bairro Imigrante. A prisão revelou uma história surpreendente: o indivíduo utilizava uma identidade falsa há quase quatro décadas, enganando órgãos públicos e de segurança de diferentes estados.

Prisão em flagrante

De acordo com o titular da Delegacia de Polícia de Farroupilha, delegado Fernando Cruz Alexandre, durante a ação policial foram apreendidos 2 kg de maconha, além de uma balança de precisão e facas utilizadas para o fracionamento da droga. O homem foi levado à Delegacia de Polícia, onde teve o Auto de Prisão em Flagrante lavrado, e posteriormente encaminhado ao Presídio Estadual de Caxias do Sul.

Descoberta da identidade falsa

Ao dar entrada no presídio, o homem foi submetido à identificação pelas impressões digitais, quando se constatou que ele usava um nome falso há quase 40 anos. Com esse documento, chegou a obter carteira de habilitação e outros registros oficiais junto a órgãos públicos.

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Confrontado, admitiu ter fugido do Rio Grande do Sul na década de 1980, após envolvimento em crimes, e que no Espírito Santo conseguiu um documento em nome de uma criança falecida. Desde então, viveu sob a identidade falsa, retornando ao Estado gaúcho apenas anos mais tarde.

Prisão preventiva e investigação

Após a audiência de custódia, a prisão em flagrante foi convertida em prisão preventiva, a pedido da Polícia Civil e do Ministério Público, e acolhida pelo Judiciário. Agora, as condutas criminosas do investigado, tanto ligadas ao tráfico de drogas quanto à falsidade ideológica e documental, serão apuradas em inquérito policial.

A prisão chamou atenção não apenas pelo envolvimento com o tráfico de drogas, mas também pelo histórico de quase 40 anos de fraude documental, que permitiu ao acusado levar uma vida inteira sob um nome falso até ser desmascarado.

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