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Dependência química é uma doença e possui tratamento
A condição pode estar associada a mais de 200 problemas de saúde; especialistas da Clínica Jequitibá falam sobre o diagnóstico, opções de tratament...
08/09/2025 16h45
Por: Redação Fonte: Agência Dino

A dependência química é considerada uma doença pela Organização Mundial da Saúde (OMS) e pode estar associada a mais de duzentos problemas de saúde, conforme dados de uma publicação da Empresa Brasileira de Serviços Hospitalares, vinculada ao Ministério da Saúde. Além disso, o consumo de drogas lícitas ou ilícitas pode ser um fator de risco para a violência e acidentes rodoviários.

Em média 4,4 milhões de homens e 1,2 milhão de mulheres na América Latina e no Caribe sofrem de transtornos relacionados ao uso de drogas em algum momento das suas vidas, de acordo com indicativos publicados pela Organização Pan-Americana de Saúde (OPAS). 

Para o Dr. Mauricio Horiguela, psiquiatra especialista em dependência química da Clínica de Recuperação Jequitibá, o reconhecimento da dependência química como doença pela OMS permite que se abandone a visão moralizante da questão. “Isso favorece políticas públicas, cobre planos de saúde e encoraja a busca por tratamento”, explica

O médico ressalta que é importante prestar atenção aos principais sinais de que uma pessoa pode estar desenvolvendo um transtorno por uso de substâncias, como alterações no humor e isolamento social. “Outros pontos de atenção incluem fenômenos como queda de desempenho, comportamento impulsivo, uso em situações de risco e dependência emocional ou física clara”, detalha.

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Na visão de Horiguela, também é fundamental que a sociedade encare a dependência química como uma condição clínica, e não como uma falha de caráter ou falta de força de vontade. “Encarar como transtorno clínico tende a trazer acolhimento, não estigma, aumentando a adesão e a continuidade do tratamento”, afirma.

Plano terapêutico e apoio familiar são fundamentais

Marcela Abrahão, psicóloga clínica e coordenadora de tratamento contra dependência química da Clínica de Recuperação Jequitibá, observa que a abordagem não é a mesma para todos os pacientes: “Cada caso é avaliado individualmente. Psicopatologia, tipo de substância, comorbidades e contexto social moldam o plano terapêutico”. 

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Abrahão conta que diversos fatores biopsicossociais são levados em conta na hora de elaborar um plano terapêutico personalizado, como avaliação genética, neuroquímica, histórico pessoal, coocorrência de transtornos como ansiedade e depressão, ambiente familiar e profissional.

A psicóloga também chama a atenção para o papel da família na recuperação de um dependente químico. “A família fornece suporte afetivo, cooperação em rotina terapêutica e ajuda na manutenção da abstinência, sem gerar codependência”, pontua.

“Muitos pacientes alcançam recuperação sustentada, mas mesmo aquele que recidiva pode viver com qualidade, se mantiver estrutura terapêutica contínua”, complementa.

A Clínica de Recuperação Jequitibá é um centro de tratamento localizado em Atibaia (SP) que oferece tratamentos para saúde mental, reabilitação para dependência química e comportamental.

Para mais informações, basta acessar: https://jequitibareabilitacao.com.br/