O Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (GAECO/MPRS) prendeu em flagrante, nesta quinta-feira (21), um policial penal que atuava no Presídio Regional de Caxias do Sul. A ação foi realizada em conjunto com a Corregedoria da Polícia Penal e a Delegacia Penitenciária Regional, após investigação que apontava indícios de envolvimento do servidor com tráfico de drogas.
Durante a abordagem, os agentes encontraram quatro tabletes de maconha e cocaína, além de R$ 18 mil em espécie e dois celulares. O material estava armazenado em armários utilizados pelo servidor dentro da unidade prisional. O flagrante ocorreu no momento em que o policial retornava de uma escolta e foi confrontado com as acusações na presença do delegado regional, diretores do presídio e integrantes do GAECO/MPRS. Ele foi identificado como sendo Rodrigo Hueiber Salazar Rodrigues.
Segundo o Ministério Público, a operação é resultado de uma investigação coordenada pelo promotor de Justiça Manoel Figueiredo Antunes, responsável pelo 5º Núcleo Regional do GAECO – Serra. O material apreendido foi encaminhado para análise, e as apurações continuam a fim de identificar outros possíveis envolvidos. O servidor, que estava há quatro anos na função, foi conduzido à delegacia e responderá por tráfico de drogas.
O Departamento de Investigação do NB Notícias (DI), teve acesso a documentos oficiais que revelam que o policial penal já havia sido exonerado a bem do serviço público em Minas Gerais. Em 2022, decisão assinada pelo então secretário de Estado de Justiça e Segurança Pública, Rogério Greco, determinou a demissão do servidor após processo administrativo disciplinar que apontou irregularidades no exercício da função.
Apesar desse histórico, o agente assumiu o concurso da Polícia Penal do Rio Grande do Sul em 2021, atuando desde então no sistema prisional gaúcho até sua prisão em flagrante nesta semana.
A prisão do servidor expõe falhas nos mecanismos de controle e fiscalização da atuação de agentes penitenciários. Para o Ministério Público, a investigação é fundamental para preservar a integridade do sistema prisional e impedir que servidores públicos facilitem a entrada de drogas e celulares em presídios.
O caso segue sob investigação, e novas diligências devem ocorrer nos próximos dias.