O Tribunal do Júri de Caxias do Sul condenou, na terça-feira (19), Alessandro Barbosa a 37 anos e quatro meses de prisão em regime fechado. O réu foi acusado pelo Ministério Público do Rio Grande do Sul (MPRS) pela prática de homicídio triplamente qualificado, além dos crimes de ocultação de cadáver e incêndio doloso majorado. O caso ocorreu em setembro de 2017, na Serra Gaúcha.
Segundo a denúncia, Barbosa matou a companheira Ana Paula Taffarel por motivo torpe, motivado por ciúmes, sentimento de posse e desavenças ligadas ao tráfico de drogas. O crime foi cometido com meio cruel, já que, após efetuar dois disparos de arma de fogo na cabeça da vítima, o acusado a esquartejou em seis partes.
O assassinato também foi enquadrado na Lei Maria da Penha, pois ocorreu no contexto de violência doméstica e familiar, uma vez que o réu mantinha relacionamento amoroso e convivia com a vítima.
A acusação foi conduzida pelo promotor de Justiça Anderson Marcelo de Araújo, que sustentou todas as qualificadoras. A defesa tentou alegar negativa de autoria, mas a tese foi rejeitada pelos jurados, que acolheram integralmente a denúncia do MPRS.
A sentença, proferida pelo juiz Thiago Dias da Cunha, fixou:
30 anos de reclusão pelo homicídio qualificado;
2 anos de prisão pela ocultação de cadáver;
5 anos e 4 meses pelo incêndio doloso majorado.
No total, a pena chegou a 37 anos e 4 meses de prisão, a ser cumprida em regime fechado.