Bento Gonçalves (RS) — Com 250 vagas abertas em junho, Bento Gonçalves fechou o mês com o sexto melhor desempenho entre os municípios do Rio Grande do Sul na criação de empregos formais. O resultado é a segunda melhor marca mensal do ano e coloca a cidade na 10ª posição no ranking estadual no acumulado de 2025, com 1.592 novos postos. Os dados são do Observatório da Economia (Oecon), do Centro da Indústria, Comércio e Serviços (CIC-BG).
A indústria foi o principal motor de crescimento no mês, com saldo de 106 vagas, puxada pela produção de alimentos (+42), móveis (+41) e metalurgia (+18). O setor de serviços criou 99 empregos, impulsionado por atenção à saúde humana (+42), tecnologia da informação (+40) e alojamento (+25). O comércio também registrou bom desempenho, com 43 vagas, sua segunda melhor marca no ano.
A agropecuária teve saldo positivo de 8 postos, enquanto a construção civil foi o único segmento com retração, fechando 6 vagas.
De janeiro a junho, a geração de empregos cresceu 26,3% em relação ao mesmo período de 2024. Enquanto o Brasil registrou queda de 6,8% na criação de postos, o Rio Grande do Sul avançou 97,2%.
Segundo o professor Fabiano Larentis, do Programa de Pós-Graduação em Administração da UCS e autor do estudo, o resultado de 2025 no Estado foi influenciado pelo desempenho fraco de maio e junho do ano passado, período marcado por enchentes e deslizamentos.
No acumulado do semestre, os setores que mais cresceram em Bento foram a indústria de produtos alimentícios, a indústria moveleira e os serviços especializados para construção. Entre os destaques negativos estão o transporte terrestre, a indústria de bebidas e a venda de combustíveis.
Com os novos números, Bento Gonçalves atinge 50,6 mil empregos formais, crescimento de 3,2% sobre o fechamento de 2024, quando bateu recorde histórico com 48.988 vagas.
O número de Microempreendedores Individuais (MEIs) chegou a 13.294 em junho, alta de 1,6% frente ao ano anterior. A soma de empregos formais e MEIs alcança 63.879 registros, com participação dos MEIs equivalente a 20,8% — uma relação de 1 MEI para 3,8 empregos formais.