Por mais de 10 dias, moradores da Rua Lajeadense, no bairro Municipal, em Bento Gonçalves, convivem com um cenário alarmante: esgoto escorrendo a céu aberto, mau cheiro constante e o risco iminente de doenças. Mesmo após diversos protocolos de reclamação encaminhados à Prefeitura, nenhuma medida efetiva foi tomada até o momento.
De acordo com os moradores, o problema começou há mais de 15 dias, com o entupimento da rede de esgoto que provocou o extravasamento de dejetos pela via pública. A situação, que seria grave em qualquer época do ano, torna-se ainda mais crítica durante o período de férias escolares, quando crianças brincam nas calçadas, expostas diretamente à água contaminada, mosquitos e outros vetores de doenças. “É um absurdo completo. Já fizemos os pedidos, os protocolos, mandamos fotos. Mas ninguém aparece. Parece que estamos sendo ignorados”, desabafa uma moradora da região.
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Além do mau cheiro insuportável que se espalha pela rua, os moradores relatam um aumento significativo de mosquitos, colocando a vizinhança em alerta. Doenças como diarreia, hepatite A e infecções de pele são algumas das possíveis consequências da exposição prolongada ao esgoto a céu aberto.
A comunidade afirma estar cansada de esperar por uma resposta do poder público. “É inadmissível que uma cidade como Bento Gonçalves ainda permita que problemas básicos de saneamento se arrastem por tanto tempo. Saneamento é um direito fundamental, não um favor”, reforça outro morador.
Apesar das denúncias e dos pedidos formais feitos por moradores da Rua Lajeadense, nenhuma equipe da Prefeitura foi enviada ao local até o início da tarde desta sexta-feira. O silêncio das autoridades reforça a sensação de abandono e negligência, alimentando a revolta da população.
O que os moradores exigem, neste momento, não é apenas uma solução para o entupimento — mas respeito, atenção e resposta rápida diante de um problema que coloca em risco a saúde de dezenas de famílias.
Diante da omissão do Executivo municipal, os moradores cobram medidas urgentes, como o envio de uma equipe técnica para desobstrução da rede de esgoto, higienização da área e monitoramento dos riscos sanitários na região. “A gente não quer mais promessa, quer solução. Isso é saúde pública, é qualidade de vida. Já esperamos demais”, reforça um morador.