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Recorde de hospitalizações e óbitos por gripe no RS reforça urgência da vacinação
O Rio Grande do Sul enfrenta, em 2025, um cenário que registra o maior número de hospitalizações e mortes por gripe (influenza) desde a pandemia de...
14/07/2025 18h33
Por: Marcelo Dargelio Fonte: Secom RS

O Rio Grande do Sul enfrenta, em 2025, um cenário que registra o maior número de hospitalizações e mortes por gripe (influenza) desde a pandemia de H1N1, em 2009. Até esta segunda-feira (14/7), já foram registradas 2.654 internações por síndromes respiratórias agudas graves (SRAG) causadas pelo vírus da gripe, com 423 óbitos confirmados. Os números superam todos os anos anteriores, mesmo com o inverno ainda em curso.

A situação se agrava com a baixa adesão à vacinação neste ano. Dados da Secretaria da Saúde (SES) mostram que 82% das pessoas hospitalizadas e 78% das que morreram por gripe não estavam vacinadas. Os idosos são os mais afetados pela doença em 2025, representando 58% das internações e 77% dos óbitos.

Cobertura abaixo da meta

A dose da vacina, que é segura e gratuita, está disponível para toda a população acima de seis meses de idade desde maio. No entanto, a cobertura entre os grupos prioritários segue muito abaixo da meta de 90%. Até o momento, apenas 49,4% dos públicos prioritários (idosos, crianças pequenas e gestantes) receberam a dose anual.

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A cobertura por grupo é a seguinte:

Proteção contra agravamento dos casos

A vacina contra a gripe protege contra as cepas mais recentes dos vírus influenza A (H1N1 e H3N2) e B e reduz significativamente o risco de casos graves, hospitalizações e mortes. A proteção começa cerca de 15 dias após a aplicação.

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A SES reforça que a vacinação é a principal forma de prevenção e orienta os municípios a manterem o foco na imunização dos grupos mais vulneráveis. As pessoas podem procurar os postos de saúde para se vacinarem e se protegerem.

Evolução histórica dos óbitos por gripe no RS

Considerando a série histórica iniciada após a pandemia de H1N1, em 2009, os casos de influenza têm aumentado nos últimos anos. O maior número havia sido registrado em 2024, mas foi superado neste ano.

O cenário atual também reflete avanços na vigilância das síndromes respiratórias, com maior capacidade de diagnóstico e registro por parte dos serviços de saúde, em especial após a pandemia de covid-19.

Casos de SRAG por influenza / Óbitos por influenza

Evolução dos Casos e Óbitos por Influenza no RS (2011 a 2025)

Texto:Ascom SES
Edição: Anderson Machado/Secom