Rio Grande do Sul Fatalidade
Criança desaparece no Cânion Fortaleza em Cambará do Sul
Menina de 12 anos saiu correndo e caiu em um local íngreme do parque.
10/07/2025 16h47
Por: Marcelo Dargelio

Uma criança de 12 anos caiu na tarde desta quinta-feira (10) de uma das encostas do Cânion Fortaleza, localizado no Parque Nacional da Serra Geral, em Cambará do Sul, na Serra Gaúcha. A menor, natural do Paraná, é portadora de Transtorno do Espectro Autista (TEA) e estava acompanhada pelos pais no momento do acidente.

Segundo informações preliminares, a menina teria se afastado correndo da família e despencado de uma área próxima ao mirante principal do cânion, por volta das 13h. O local da queda é uma das partes mais íngremes e sem vegetação da formação rochosa, o que torna o resgate ainda mais complexo.

A ocorrência mobilizou equipes do Corpo de Bombeiros Militar de Cambará do Sul, com reforços de Canela e Gramado. Um helicóptero, drones e equipes de resgate com treinamento em ambientes verticais estão atuando no local. O cânion Fortaleza possui paredões que chegam a mais de 900 metros de profundidade, sendo considerado um dos pontos turísticos mais imponentes e perigosos do estado.

De acordo com o capitão Pedro Sanhudo, que comanda a operação, ainda não é possível afirmar a altura exata da queda nem o estado de saúde da vítima. As buscas seguem com apoio de tecnologia e de equipes treinadas em operações de salvamento em altura.

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A gestão do parque é realizada pela concessionária Urbia Parques, que já foi notificada do acidente e está prestando apoio à família. Segundo o secretário de Turismo de Cambará do Sul, Andrews Mohr, não há histórico recente de acidentes semelhantes no local. Ele reforça que a estrutura de visitação, com trilhas e mirantes, é segura, mas que em locais de natureza acidentada, o risco sempre existe.

O Parque Nacional da Serra Geral, que abriga o Cânion Fortaleza, é uma das principais atrações do turismo de natureza no Brasil, recebendo milhares de visitantes todos os anos. A tragédia desta quinta reacende o debate sobre segurança em áreas de turismo ecológico, principalmente envolvendo crianças e pessoas com necessidades especiais.

As equipes de resgate seguem trabalhando sem prazo definido para conclusão. O caso segue em atualização.

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