O Poder Judiciário concedeu nesta semana prisão domiciliar a Milton Gobatto, de 64 anos, autor confesso do feminicídio de sua esposa, Jane Cristina Montiel Gobatto, de 54 anos, ocorrido em 18 de abril, no bairro Santa Rita em Bento Gonçalves. O crime, marcado por extrema violência, ocorreu após Gobatto não aceitar o fim do relacionamento. Ele degolou a vítima com uma faca de cozinha, conforme apuração policial.
A decisão pela soltura foi motivada por problemas de saúde alegados pela defesa. Gobatto, segundo informações extraoficiais, sofre de doenças cardíacas e chegou a ficar internado por cerca de dez dias na UPA 24 Horas, enquanto ainda estava sob custódia. Diante do laudo médico, a Justiça optou por converter a pena em prisão domiciliar.
Nesta quinta-feira (12), Gobatto voltou a ser internado na UPA, desta vez devido a problemas respiratórios. A conversão da prisão preventiva em regime domiciliar tem gerado questionamentos de movimentos de defesa dos direitos das mulheres, que pedem rigor no combate à violência doméstica e criticam a flexibilização de penas em casos de feminicídio.
O caso segue acompanhado por entidades locais de proteção à mulher e permanece sob supervisão judicial.