O governo lançou oficialmente, nesta terça-feira (13/5), o novo geoportalda Infraestrutura Estadual de Dados Espaciais (Iede) , a plataforma de compartilhamento de dados geoespaciais, serviços e aplicações do Rio Grande do Sul. O novo geoportal, desenvolvido pela Secretaria de Planejamento, Governança e Gestão (SPGG) a partir de uma parceria com o Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (PNUD), contará com um acervo público com quase 2 mil serviços em diversas categorias, incluindo saúde, segurança, educação e socioeconomia.
Entre os avanços e melhorias desta nova versão, estão novas identidades visuais para a Iede, com linguagem moderna e adaptada para celulares, disponibilidade de vídeos curtos para instrução e resolução das principais dúvidas, além da possibilidade de sincronização de metadados da Iede com a Infraestrutura Nacional de Dados Espaciais por meio de protocolo CSW.
Desenvolvido a partir do ArcGIS Enterprise, o geoportal serve como a interface visual da Iede, disponibilizando uma robusta gama de dados, serviços e aplicações geoespaciais. Com o objetivo de promover a gestão territorial integrada e reduzir os custos associados à geração de dados, o portal facilita a disseminação e o uso de geoinformações essenciais para o planejamento e a execução de políticas públicas.
“Um dos esforços da secretaria ao longo dos últimos anos foi buscar atualizações na infraestrutura de dados do Estado. Vários órgãos públicos utilizam os dados que são produzidos de forma compartilhada e eles também são ótimos para a sociedade conhecer mais sobre si, como o atlas socioeconômico”, destacou o secretário-adjunto da pasta, Bruno Silveira.
O evento de lançamento, realizado no auditório do Centro Administrativo Fernando Ferrari (Caff), contou com painel ministrado por Rogério Luís Borba, gerente do diretório brasileiro de dados geoespaciais na Infraestrutura Nacional de Dados Espaciais (Inde). Ele apresentou os usos da informação geoespacial em áreas diversas do governo, como defesa, segurança pública e gerenciamento de desastres ambientais. “A geoinformação adiciona outra dimensão aos dados, revelando padrões que, de outra maneira, não seriam evidentes. Atualmente, cerca de 80% de todos os dados de governo são geoespaciais”, salientou.
Borba também comentou sobre as barreiras enfrentadas pelo uso da geoinformação, como a obsolescência e a localidade restritiva dos dados. “Nos últimos anos, houve um crescimento exponencial da produção deste tipo de informação, ao mesmo tempo que aumentaram suas necessidades de uso. Dessa forma, a Infraestrutura de Dados Espaciais se torna um instrumento valioso para a governança e aplicação de políticas públicas”, disse.
A assessora técnica da Divisão de Geografia e Cartografia do Departamento de Planejamento Governamental (Deplan), Maria do Socorro Barbosa, destacou as melhorias da plataforma do governo estadual para os usuários, uma vez que está mais amigável e moderna.
“O portal da Iede apresenta um novo catálogo de metadados e todos os serviços públicos compartilhados estão disponíveis. O usuário consegue pesquisar por palavra-chave, tópico ou parceiro da Iede, efetuando posteriormente o download dos dados e trabalhando conforme seu interesse”, explicou. “Temos também instruções detalhadas de como aderir à Iede, que está voltada para toda a sociedade”, completou Maria.
Também presente no evento, o chefe do Departamento de Geodésia do Instituto de Geociências da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS), Clódis de Oliveira Andrades Filho, destacou o aperfeiçoamento contínuo da Iede e seu papel para o desenvolvimento sustentável do Estado. "A Iede RS é um salto de qualidade na forma como o Estado gere e disponibiliza dados geoespaciais. Essa condição repercute em uma gestão mais eficiente do ponto de vista territorial, ambiental, logístico e econômico, entre outros. Como professor da UFRGS, utilizo a Iede desde seu lançamento, no ensino, na pesquisa e na extensão", observou.
Representante da Defesa Civil, o coronel Rafael Luft destacou a integração de dados geoespaciais, fundamental para o trabalho do órgão. "O portal simboliza o fortalecimento da governança e a padronização no cumprimento de políticas públicas e é uma base de decisão pública fundamental para estabelecer novas estratégias", ressaltou.
Texto: Ascom SPGG
Edição: Secom