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Rio quer acordo com agência da ONU para combater tráfico de armas
Governador Cláudio Castro está em Nova York
13/05/2025 08h35
Por: Marcelo Dargelio Fonte: Agência Brasil

Em reunião com representantes do Escritório das Nações Unidas para Assuntos de Desarmamento (Unoda), nesta segunda-feira (12), em Nova Iorque, o governador Cláudio Castro sugeriu a cooperação com a instituição para combater o tráfico de armas no Estado do Rio de Janeiro.

De acordo com o governador, cerca de 90% dos fuzis apreendidos em 2024 são oriundos dos Estados Unidos e chegam ao país pelas fronteiras do Paraguai, Colômbia e Chile . O Rio de Janeiro não produz armamentos.

Segundo Castro, outro aspecto preocupante é a venda de peças para montagem de armas, além de munição:

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"Por isso viemos em busca de ajuda para dialogar com as fábricas e impedir que [essas peças] sejam vendidas para países onde não há controle na comercialização. Acreditamos que combatendo esse tipo de crime no Rio de Janeiro, combatemos em todo o Brasil e até em outros países”, avaliou.

Divisas

Para intensificar as ações de combate à entrada de armas e drogas, o governo do Estado criou o Guardião de Divisas: portais eletrônicos nas divisas com outros estados, equipados com câmeras inteligentes e scanners .

Segundo o governo estadual, apenas nos três primeiros meses deste ano, as forças de segurança apreenderam 1.490 armas de fogo, sendo 230 fuzis.

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Desde 2021, 2.364 fuzis foram retirados das mãos de criminosos e no ano passado 732 foram apreendidos, o que equivale a cerca de duas armas de guerra por dia.

Dossiê

Os secretários de Segurança Pública, Victor dos Santos, e da Polícia Civil, Felipe Curi, entregaram ao conselheiro do Departamento de Estado Americano, Ricardo Pita, e membros do Consulado Americano um dossiê com dados reservados para garantir a denominação de terrorista às lideranças da facção criminosa Comando Vermelho (CV).

A interlocução com o governo americano permitirá um avanço no combate ao crime, principalmente na lavagem de dinheiro, garantindo o rastreio de contas no exterior, e no tráfico de armas e drogas .

O dossiê mostra, por exemplo, que as facções Comando Vermelho e o Primeiro Comando da Capital (PCC) têm ligações em várias partes do mundo e prova a relação deles com o Hezbollah e a máfia italiana .