O Rio Grande do Sul se despede com pesar de Anthony Miguel da Rocha, o bebê de Cruzeiro do Sul que se tornou símbolo nacional de esperança durante os resgates nas enchentes de maio de 2024, no Vale do Taquari. Ele morreu nesta quarta-feira, 7 de maio, vítima de bronquiolite e infecção generalizada, causada por uma bactéria que teria atingido os pulmões. Apesar dos esforços médicos, Anthony não resistiu às complicações.
Em maio de 2024, com apenas cinco meses de idade, Anthony Miguel foi resgatado de helicóptero pelo Exército Brasileiro, após passar quase dois dias no telhado de uma casa inundada, na comunidade de São Miguel, em Cruzeiro do Sul. Ele estava com os pais e outros familiares, totalizando sete pessoas, que aguardaram o salvamento em uma canoa, dentro da casa da avó, sem água potável, energia elétrica ou alimentos.
A imagem do resgate comoveu o Brasil e viralizou nas redes sociais, tornando o menino um ícone da resistência e da solidariedade em meio à maior tragédia climática da história do Estado. Em agosto de 2024, Anthony foi homenageado pelo Exército Brasileiro, durante uma cerimônia no Parque do Imigrante, em Lajeado, recebendo simbolicamente um macacão de piloto do Comando de Aviação do Exército.
A notícia do falecimento de Anthony comove novamente o Estado, reacendendo as lembranças do drama vivido por milhares de famílias atingidas pelas enchentes no Rio Grande do Sul. O menino que representou a esperança em tempos de crise climática, agora deixa uma marca profunda na memória coletiva da população gaúcha.