Rio Grande do Sul Morte
Acusada da morte do menino Bernardo é encontrada morta
Edelvânia Wirganovicz estava cumprindo pena no Instituto Penal Feminino de Porto Alegre.
23/04/2025 08h25
Por: Marcelo Dargelio

Condenada pelo assassinato do menino Bernardo Uglione Boldrini, a detenta Edelvânia Wirganovicz, de 51 anos, foi encontrada morta nesta terça-feira (22), no Instituto Penal Feminino de Porto Alegre. A causa apontada é suicídio por enforcamento, segundo a Polícia Penal do Rio Grande do Sul.

O corpo foi localizado dentro da cela. De acordo com nota oficial, os primeiros indícios apontam que a própria apenada tenha cometido o ato. A área foi isolada e as investigações estão sob responsabilidade do Instituto-Geral de Perícias (IGP), com acompanhamento da Corregedoria-Geral do Sistema Penitenciário.

A morte ocorre menos de dois meses após Edelvânia ter retornado ao regime semiaberto, por decisão do Supremo Tribunal Federal (STF). Em 25 de fevereiro, o ministro Cristiano Zanin acatou um pedido do Ministério Público do Rio Grande do Sul (MPRS) e revogou a prisão domiciliar que ela cumpria desde 2023.

O MP alegou que Edelvânia ainda possuía cerca de 50% da pena a cumprir e, por isso, não teria direito ao benefício. A prisão domiciliar havia sido concedida pela 2ª Vara de Execuções Criminais de Porto Alegre devido à falta de vagas no sistema prisional.

Continua após a publicidade

Edelvânia foi sentenciada em março de 2019 a 22 anos e 10 meses de prisão por participação na morte de Bernardo, ocorrida em abril de 2014, na cidade de Três Passos, noroeste do Estado. O caso teve ampla repercussão nacional pela brutalidade do crime e pela participação do pai da vítima, Leandro Boldrini, também condenado.

A volta ao sistema semiaberto, em 2025, marcou o fim de um período de dois anos em prisão domiciliar, monitorada por tornozeleira eletrônica. A nova fase de reclusão durou menos de dois meses antes da morte.

A morte de Edelvânia Wirganovicz, embora aparentemente por suicídio, ainda está sob investigação. As circunstâncias exatas só serão conhecidas após a conclusão da perícia.

Continua após a publicidade

Palavras-chave: Edelvânia Wirganovicz, morte de Bernardo Boldrini, Porto Alegre, Instituto Penal Feminino, suicídio na prisão, caso Bernardo, prisão domiciliar, Cristiano Zanin STF, Ministério Público RS.